sábado, 15 de junho de 2013

As obras dos homens e as dos faraós.

Poucos dias atrás o Coritiba começou a venda de assentos e camarotes do novo setor Pro Tork, a finalização tão sonhada da reta da Mauá. E todos nós que estamos acompanhando a evolução desta nova obra de revitalização e modernização do Couto Pereira percebemos as dificuldades que o Verdão vem tendo para tornar este sonho realidade.

A burocracia dos órgãos municipais na liberação dos projetos, a luta em angariar fundos e patrocinadores para a a viabilização da obra, o trabalho junto aos sócios, além do tempo que já foi dispendido para a conclusão desta obra, mostram o quão está sendo difícil a realização deste sonho de todo coxa-branca. Mas isto no Brasil somente acontece quando os homens tentam concluir seus sonhos, porque quando os faraós entram no processo, tudo se torna incrivelmente fácil.

Não interessam os mecanismos político ou burocrático que se usam, as obras de praticamente todos, senão de todos os estádios para a Copa do Mundo,  estão sendo  bancadas com dinheiro público. E pior, em alguns casos são recursos aplicados em obras privadas, as quais não representarão nenhum "legado" para a população comum. Aliás, o que vira legado no Brasil, não é verdade?

Por outro lado, parece que finalmente o povo brasileiro abriu os seus olhos, percebendo que em um país que tudo falta, para determinadas obras de interesses privados o dinheiro brota da terra como se fosse um poço de petróleo. As vaias hoje na estreia do Brasil para a Presidente Dilma e Blatter é o reflexo de uma sociedade inconformada com o que foi e está sendo feito para a realização desta Copa do Mundo.

Agora, uma coisa não se pode negar: a escolha do Brasil para sede desta copa aconteceu em 2007, e é óbvio que todo cidadão brasileiro conhecedor dos seus governantes sabia que desmandos e superfaturamentos fariam parte do cardápio para a realização deste evento. Então, por que somente agora a população se levanta em protesto contra isso, às margens da Copa do Mundo? Estamos todos atrasados 6 anos em relação à reações contra tudo o que está sendo feito. Ou tudo isto tem motivação eleitoral? Fica a pergunta para que cada um reflita.

SAV

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